12/05/2022

Injustiça contra um homem atinge a humanidade: Cuba tem tribunais ferozes

MIAMI, Estados Unidos. — O podcast de CubaNet orientado aos presos políticos em Cuba abordou nesta quarta-feira o caso de Dayron Martín Rodríguez, condenado a 30 anos de prisão (!)  por se manifestar em 12 de julho de 2021 no bairro de La Güinera, município de Arroyo Naranjo. Martín foi preso naquele mesmo dia, quando tentava recuperar o telefone que a polícia havia roubado dele e com o qual gravou vídeos da manifestação.

Sua mãe e irmã, que vivem no Equador, asseguram tratar-se de uma sanção completamente desproporcional, que não reflete o ocorrido durante os protestos.

"Meu filho não merece ficar um dia sequer atrás das grades e já passou nove meses recolhido ao Combinado del Este, presídio de Havana (...) O que ele fez foi o que o povo fez: sair pacificamente para protestar", disse a mãe do preso.

Dayron Martín Rodríguez e outros 14 manifestantes de La Güinera foram condenados após uma audiência oral realizada nos dias 14, 15 e 16 de dezembro do ano passado na sala de Crimes contra a Segurança do Estado do Tribunal Municipal de Diez de Octubre.

Inicialmente, a promotoria acusou os réus (??) de desordem pública e desacato, mas acabaram sendo julgados por sedição.

Martín Rodríguez, que enfrentou um pedido do promotor de 25 anos de prisão, foi condenado a 30 anos de prisão.

A ferocidade judicial do Estado é uma característica comum às tiranias.

Estas zelam por si mesmas, protegem-se da sociedade e tentam convencer os povos que os gulags, os campos de concentração, os “paredones” e os UMAPs cubanos são concebidos e usados como instituições benéficas.

Os manifestantes de 12 de julho de 2021 saíram às ruas por liberdade, democracia e Estado de Direito. Foram punidos exemplarmente, para que ninguém mais se atreva. E até agora ninguém mais se atreveu.

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