Ele acabou antecipando sua aposentadoria, em parte por problemas de saúde e certamente pela pressão que sofreu de militantes de esquerda.
Joaquim Barbosa chegou a declarar em sessão do STF que o então deputado Jair Bolsonaro foi O ÚNICO parlamentar do seu partido a não se envolver com a corrupção sistêmica que abalou o Congresso no escândalo do mensalão.
Porém, após sua aposentadoria ele começou a se aproximar certas de pessoas e defender ideias que ele mesmo havia condenado em sua atuação do STF, o que abalou fortemente sua credibilidade. Não era para menos.
Na última semana, Joaquim Barbosa, voltou às manchetes respondendo as criticas que o deputado federal gaúcho Mauricio Marcon fez a limpeza pública na Bahia.
O deputado disse que o estado baiano é “sujo” e tem “tudo pichado”. Antevendo uma oportunidade de lacrar em cima da frase infeliz do parlamentar, Joaquim partiu com tudo:
“Caro Deputado Marcon: instrua-se, eduque-se, retenha essa baba ofídico-peçonhenta que emana da tua boca, seiva da violência que grassa em nosso país. Conheça direito a Bahia, o seu peso histórico, a sua estupenda arte, as suas magníficas igrejas, a sua gigantesca e decisiva contribuição para a formação da nacionalidade brasileira”, escreveu o ex-ministro do STF.
“Deputado, reflita sobre o seguinte: há na Bahia milhares de gaúchos que foram visitar e por lá ficaram. Idem no Rio. Explique: por que existe uma certa 'diáspora gaúcha' em vários Estados, sobretudo no Norte e Centro-Oeste?”, acrescentou.
Eu explico Dr. Joaquim... Os gaúchos sempre levam trabalho e prosperidade a regiões onde ‘os locais’ não se mostram muito motivados à fazê-lo. Foi assim no Mato Grosso do Sul, Mato Grosso – destaco aqui a bela cidade serrana de Tangará da Serra – à Tocantins, ainda quando era parte de Goiás, e ao Oeste Baiano, na região de Luis Eduardo Magalhaes e adjacências.
Talvez se houvessem mais ‘cases’ como a região de Luis Eduardo Magalhaes no referido estado, a Bahia não teria o 2º maior numero de homicídios do país, atrás apenas do Amapa. Ou teria uma posição melhor no ranking de IDh por estado. A Bahia está num distante 19º lugar, enquanto o Rio Grande do Sul está em 5º.
Sua capital, Salvador, é a 9ª cidade mais antiga do Brasil fundada em 1549, sendo a capital da colônia, da data de sua fundação até 1763 – mais de 200 anos, portanto. Toda essa carga histórica, esse know-how acumulado não impede que a Bahia seja o estado com o segundo maior número de beneficiados pelo Auxilio Brasil (ou Bolsa Família). São 2,2 milhões de baianos que recebem o suporte governamental – enquanto apenas 1,8 milhões tem empregos formais, com carteira assinada.
Resumindo, o deputado Mauricio Marcon (POD-RS) certamente escolheu muito mal os adjetivos, mas já tá na hora do eleitor baiano olhar para os números do seu próprio estado com consciência e avaliar se os 16 anos de gestão petista (e tem mais quatro pela frente) melhoraram ou pioraram o padrão de vida do povo da Bahia.
E convido o leitor que já viajou ou reside na Bahia, a deixar sua opinião sobre o estado nos comentários.
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