Em dezembro de 2013, Rosemary Noronha virou celebridade nacional, quando o Brasil ficou sabendo das bandalheiras cometidas pela chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo que se referia a Lula como “meu namorado”. Denunciada pelo Ministério Público e demitida por Dilma Rousseff, Rose saiu de cena e continua na semiclandestinidade. Cuidam de mantê-la em liberdade advogados contratados pelo Instituto Lula. O ex-presidente não deu um pio sobre a história. Nem é cobrado por repórteres aos quais dita insultos a gente honesta.Em 2007, Mônica Veloso não foi qualificada pela imprensa de “amiga” do presidente do Senado. A palavra era a certa: amante. “Renan Calheiros foi uma vítima do falso moralismo da mídia”, viajou José Dirceu num artigo publicado em seu blog. O senador foi vítima da verdade. Falso moralismo é a expressão que se aplica ao tratamento dispensado há mais de 7 anos à dupla formada por Lula e Rosemary Noronha.
Meio mundo sabe que Mônica esteve para Renan como Rose para o ex-presidente. Mas a amante de Lula é identificada como “amiga” do amante.
Abstraídas as formidáveis diferenças de ordem estética, o que distingue uma da outra é a origem do patrocínio. Mônica foi financiada por uma empreiteira. Rose ganhou um empregão federal e dele se valeu para prosperar como traficante de influência e quadrilheira. Como tem feito Lula desde 2013, Renan fez o possível para não comentar a história. Acabou falando ─ e não convenceu ninguém. O ex-presidente ainda crê que uma patifaria deixa de existir se o seu arquiteto finge ignorar os fatos. Um dia terá de falar. É bom que encontre álibis menos toscos que os apresentados pelo senador.
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