14/04/2021

Bolsonaro ameaça: “o Brasil está no limite, farei o que o povo quer”


Ao comentar uma reportagem sobre o avanço da fome durante a pandemia do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse a apoiadores nesta quarta-feira (14) que está aguardando a população “dar uma sinalização” para ele “tomar providências”.? Bolsonaro abordou uma reportagem do jornal Correio Braziliense sobre estudo do movimento Food for Justice que indica que 6 em cada 10 domicílios brasileiros passaram por uma situação de insegurança alimentar de agosto a dezembro do ano passado, totalizando 125 milhões de brasileiros.

“O Brasil está no limite. Pessoal fala que eu devo tomar providências, estou aguardando o povo dar uma sinalização. Porque a fome, a miséria, o desemprego está aí, pô, só não vê quem não quer ou não está na rua”, afirmou o presidente, como mostra gravação divulgada por um canal bolsonarista na internet.

“Só digo uma coisa: eu faço o que o povo quiser que eu faça”, insistiu o presidente.

Desde o início do ano passado, quando o coronavírus começava a se espalhar pelo mundo, Bolsonaro tem dado declarações nas quais busca minimizar os impactos da pandemia, que já deixou mais de 350 mil mortos no Brasil.

Ele já usou as palavras histeria e fantasia para classificar a reação da população e da imprensa à pandemia. Ele costuma criticar as medidas de isolamento social no país e disse que os problemas precisam ser enfrentados pela população.

Bolsonaro também distribuiu remédios ineficazes contra a doença, incentivou aglomerações, atuou contra a compra de vacinas, espalhou informações falsas sobre a Covid-19 e fez campanhas de desobediência a medidas de proteção, como o uso de máscaras.

Agora o presidente é o principal alvo de uma CPI no Senado para apurar, entre outros pontos, ações e omissões do governo federal na gestão da pandemia.

Nesta quarta-feira, como tem feito nos últimos dias, Bolsonaro disse que “estamos na iminência de ter um problema sério no Brasil” e que “parece que é um barril de pólvora que está aí”.

“A temperatura está subindo, a população está cada vez numa situação mais complicada. Eu gostaria que o pessoal que usa paletó e gravata, que decide, visite aí a periferia, converse com a população, converse com a sua empregada doméstica em casa, esta não está impedida de trabalhar”, disse Bolsonaro.

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