09/06/2020

Arcebispo apoia Manzotti no troca-troca de verba de propaganda com o Governo Bolsonaro

Defensor intransigente do padre cantor Reginaldo Manzotti, o dono da Associação Evangelizar, que arrecada uma fortuna milionária todos os meses entre fieis de todo o Brasil, o arcebispo de Curitiba, dom José Antonio Peruzzo, perdeu a classe e abriu enormes arestas, ao defender o sacerdote que capitaneou o encontro de emissoras católicas de maio com o presidente Bolsonaro em busca de verbas (ver no Youtube).

Foi o que fez numa carta enviada aos membros do clero de sua arquidiocese, na segunda, dia 8 (leia, a seguir, sua íntegra). Para o jornal O Estado de São Paulo, que noticiou o fato com destaque, chamando- o de “barganha” da fé, Peruzzo destinou pesadas ironias. E
para a CNBB, da qual deveria ser defensor incondicional, disse que o colegiado publicou uma nota “infeliz” ao condenar o encontro em busca de verbas publicitárias.

A manifestação de Peruzzo já está repercutindo intensamente na CNBB.

Por sua vez, um padre muito respeitado, – professor de Teologia num seminário de Curitiba e na PUCPR -, em carta enviada a sacerdotes amigos, garantiu: dom Peruzzo errou redondamente, “pois deveria ser o primeiro a defender a colegialidade dos bispos”.

Peruzzo é, pelo menos intrigante: enquanto garante que não aprecia Bolsonaro, informa que deu licença a padre Manzotti para participar da reunião com o PR, onde alguns notáveis da comunicação católica teriam ido barganhar apoio incondicional ao Governo por boas mídias.

Leia a carta do arcebispo ao clero e a manifestação do teólogo curitibano inconformado com o estopim curto que é Peruzzo, o oposto de
arcebispo dipolomáticos, como dom Moacir Vitti foi, e o emérito dom Pedro Fedalto:

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