29/06/2020

A GUINADA DE BOLSONARO PARA CHEGAR AO FIM DO MANDATO

Quem diria? O belicoso e falastrão presidente Jair Bolsonaro em pregação coletiva pelo entendimento, fazendo agrados aos presidentes da Câmara, do Senado e do STF, homenageando as vítimas da Covid-19. Ora, pois, ficou claro na semana que ele se sentiu acuado e se obrigou a uma flexão tática aconselhada pelos generais. Enfim, o bruto entendeu que para chegar ao fim do mandato precisa fazer muitas concessões e se entregar aos velhos vícios da República.

A guinada de Bolsonaro incluiu nova forma de fazer política. Seu plano de sobrevivência tem três linhas nítidas. 1) conceder mais cargos e mais verbas ao Centrão. 2) reduzir o radicalismo do governo, o que implica em moderar os filhos e a chamada ala ideológica 3) manter e ampliar o apoio da ala militar.

Há mais uma providência importante no plano de Bolsonaro que é mudar a oposição da imprensa que não lhe dá trégua. Para isso confia no novo ministro das Comunicações, o deputado Fábio Faria (PSD-RN), genro de Silvio Santos e com estofo suficiente para dialogar com todos os empresários da área. Todos, incluindo os Marinho da Globo, que já organizam a rendição em troca de revisão de suas dívidas e da renovação das concessões.

Os militares foram decisivos nos acenos aos STF e no convencimento do presidente para que ele indicasse um nome técnico para o Ministério da Educação. Bolsonaro se sentia muito acuado — especialmente depois da prisão de Fabrício Queiroz na casa do ex-advogado do clã presidencial, Frederick Wassef. Enfim, a repentina conversão de bílis em mel deve-se aos militares que orbitam no entorno de Bolsonaro.

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