Bastou a maioria dos brasileiros eleger (democraticamente) um presidente conservador e tudo mudou, as Universidades Públicas se transformaram em guetos reacionários a qualquer tipo de ideia divergente. As favas com a pluralidade.
Em Londrina, 2ª maior cidade paranaense e a quarta maior da região Sul do Brasil, o simples fato do professor de História Gabriel Giannattasio se candidatar a reitoria da UEL (Univ. Estadual de Londrina) foi o suficiente para ele se tornar alvo de ameaças de morte.
Cartazes com uma imagem do professor e os dizeres “Expulse o fascismo da universidade, morte ao candidato à reitoria fascista" foram espalhados pelo campus. O curioso é que Giannattasio é apenas candidato e com poucas chances de vitória – ou seja os radicais da UEL querem negar-lhe o direito até de ser derrotado!?!
Para ele, embora as universidades devessem ser um ambiente de debate plural de ideias, a realidade é outra.
“Há um clima de cancelamento e intolerância. Infelizmente, a universidade não é um exemplo de tolerância. Essa ameaça é a prova empírica que isso chegou a um grau extremo. Agora não é só ‘cancelar’, mas matar”, diz.
Segundo ele, a universidade é extremamente permeável a tensões políticas, especialmente em anos eleitorais. Assim, era previsível a ocorrência de mais casos de intolerância.
“Por mais que isso possa ser uma iniciativa de um só aluno, funcionário ou professor, essas ações foram estimuladas pela inoperância em combater a intolerância dentro do campus, situação que nós já vínhamos alertando há tempo”, explica o professor.
Corajoso, o professor ‘conseguiu’ exibir o documentário JARDIM DAS AFLIÇÕES, sobre o intelectual Olavo de Carvalho e suas ideias em novembro de 2017. O evento foi tão raro que o tradicional jornal Folha de Londrina chegou a destacar a civilidade que tudo ocorreu e até a presença de militantes de esquerda e um ex-candidato do PSOL à prefeitura de Londrina.
E aí começaram os problemas, vários estudantes começaram a questionar o forte viés de esquerda do corpo docente, das linhas de pesquisa e até da bibliografia dos mais de 60 cursos de graduação. Também ficaram sob suspeita as greves recorrentes e o proselitismo politico que atrapalha o desempenho acadêmico.
Na segunda tentativa de promover o debate de ideias conservadores ou perspectivas que fugissem da tradicional análise crítica em voga nas universidades, a reação foi outra:
“Em 2019 tentamos passar um documentário da Brasil Paralelo sobre 1964, mas dezenas de pessoas, que nem tinham visto o filme, ficaram batendo na porta da sala, cuspiam. Tivemos de sair por um barranco, sob vaias”, recorda.
A verdade é que nossas universidades públicas, UEL incluída, se tornaram nichos reacionários onde não é tolerada sequer uma camiseta, quanto mais ideias divergentes – não é à toa a louvação que se faz a decadente ditadura cubana com pôsteres do genocida e homofóbico radical, Che Guevara, ou do corrupto ditador, Fidel Castro, espalhadas por toda a instituição – numa ofensa, não aos conservadores, mas a história.
Aliás seria muito produtivo se o corpo docente e discente dessas perdulárias universidades se aprofundassem no estudo do fascismo, do comunismo e do nazismo – eles ficariam surpresos com as semelhanças entre essas três correntes. Todas essas correntes ideológicas são por definição, refratárias ao pensamento divergente. Todas defendem não a derrota, mas sim a eliminação dos opositores.
Diante dessa definição e do comportamento dos alunos e professores e da omissão da reitoria, eu pergunto:
– Seria a UEL fascista?
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