07/01/2022

O encontro na Praia Brava entre Jorge Bornhausen e José Dirceu: O sarau da incoerência

Demorei alguns dias para publicar esse texto. Tive que refletir muito.  Não nego o respeito e admiração pessoal que tenho por Jorge Bornhausen, ex-governador de Santa Catarina, ex-ministro de Collor, ex-senador da República, ex-presidente nacional de Partido Político. Um dos mais eminentes membros do Instituto Liberal.

Construiu uma longa biografia.  Gostem ou não de sua figura, é um político que sempre demonstrou a impressão de ter uma lucidez rara.

A crítica que lhe faço adiante não é pessoal ao homem culto, educado e de fino trato. Mas ao político que perdeu a bússola e trincou a biografia com um passo mal dado.

É que na retórica da vida real, seu encontro com José Dirceu no final de 2021 na Praia Brava em Santa Catarina nos revela uma realidade evidente: são seres políticos capazes de tudo para alimentar a ambição de chegar ao poder.

Não sou censor de gostos alheios.  Talvez estivessem só um querendo jantar o outro.

Ou tentando construir uma terceira via, já que não existe uma quarta.  Mas essa gente, que detém há anos a estrutura do poder no Brasil, é capaz de falar uma língua que só eles entendem.

E tentam nos doutrinar com suas falas de pastores sabichões.  Em verdade vos digo: são capazes de tudo!  Nem que para isso, tentem nos fazer retroceder cem anos.

Todos sabemos que democracia é a arte de administrar os contrários.  Mas em cada regra cabem exceções.

Só para ilustramos, temos exemplos e mais exemplos na história universal de verdadeiros estadistas que nunca flexibilizaram seus princípios e fundamentos.

Churchill e Franklin Delano Roosevelt, foram os maiores políticos do século passado.  Mas sempre se negaram peremptoriamente a sequer conversar, mesmo que forma epistolar ou diplomática com o Adolf Hitler.

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