28/12/2021

Uma breve análise sobre as novas cartas que podem entrar e sair do jogo eleitoral em 2022

Dificilmente os mais polêmicos e radicais terão chances num futuro governo Bolsonaro.  Conversando com alguns alicerces do PL (atual sigla do Presidente da República) e outras autoridades que seguem na base de apoio, entendi que há um objetivo muito explícito de conquistar muitas vagas no Congresso e colocar nomes eficientes para os Ministérios, (inclusive, essa matemática foi considerada ao escolher a sigla).

Ao perceberem que é o Congresso quem realmente decide, o foco é andarem em sintonia nesta lógica:. 

1° parlamentares sugerem propostas,

2° a maioria da Casa aprova,

3° o Presidente sanciona,

4° os Ministros executam.

Simples assim, muito embasamento técnico que justifica as ações, sem polêmica, sem "mimimi", sem "mitadas", sem autopromoção, sem improvisos. Uma sincronia entre a legislação, a experiência técnica e a confiança de quem executa.

Um bom exemplo dessa lógica é o Ministério da Infraestrutura, do Ministro Tarcísio, tudo muito mais prático do que ideológico, (embora o asfalto e a água no Nordeste servirão como argumento para combater a ideologia contrária ao conservadorismo), uma forma inteligente de usar a máquina pública.

Neste cenário de um governo mais pragmático, os mais polêmicos ou ideológicos não terão vez, por isso muitos estão inseguros porque devem se afastar em breve para que possam exercer seus direitos políticos, disponibilizando seus nomes para eleição e reeleição como deputados e Senadores em 2022.

Na verdade não há muito o que fazer, se optarem pelo pleito eleitoral, correm o risco de não serem (re)eleitos, mas se optarem por permanecerem em seus cargos e mandatos, possivelmente não terão vagas na próxima configuração do governo Bolsonaro. Eles desconfiam e a base já tem certeza.

Em via de regra, para a base, quem fala muito deve estar em plenário criando leis e convencendo os colegas a aprovarem, em voo solo, mas somando forças, contando apenas com o desejo do eleitor e não sob as bênçãos de um Presidente.

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