Por que a esquerda não entende o fenômeno Bolsonaro

Quem acredita que a história avança em função da luta de classes, jamais entenderá a evolução da humanidade, muito menos o fundamento da sua criação.

Só acessam esses mistérios, em alguma medida, aqueles que acreditam no Deus verdadeiro.

Para o esquerdista de linha dura, o fenômeno espiritual é apenas um dos aspectos da vida, diluído entre tantos outros. E, segundo a ótica dele, como espiritualidade é apenas opção e não fundamento vital, então a civilização deve ser construída e mantida à sombra “protetora” do secularismo.

Mal sabe este homem pós-moderno que ter o secularismo como fundamento civilizacional é precisamente o ideal de onde se vem avolumando todo o conflito com a realidade e, no ápice desse conflito, será do secularismo que se originará o caos e a ruína da civilização.

A suposta defesa dos valores humanistas, sem Deus, apenas com o secularismo, somente produzirá contradição, erro, inverdade, coroados pela guerra, o caos e destruição.

Porquê?

Porque Deus é a própria realidade. Se removemos da nossa vida Deus e nossa relação com Ele, então estamos rejeitando o nosso próprio chão, meta e razão de ser.

Ora, essa rejeição de Deus nas nossas vidas só dura por algum tempo. Faz parte das leis divinas nos ser dado um tempo de reação para que nós, as criaturas, tomemos consciência de quais são os frutos das nossas escolhas. Se pudermos observar frutos ruins se avolumando a partir das nossas escolhas, está na hora de retificá-las para perseguir os bons frutos.

Como exemplo concreto, se todas as nações envolvidas na experiência comunista caíram na miséria e corrupção, então não podemos insistir nesse modelo.

E no que respeita às nações socialdemocratas europeias, embora desde o fim da Segunda Guerra Mundial até há pouco vejamos que as questões materiais vêm parecendo favoráveis, vemos a Europa entrar agora num impasse terrível. Esse impasse é devido precisamente à rejeição que a Europa fez dos seus fundamentos espirituais judaico-cristãos, trocando-os pela primazia dos valores secularistas humanistas.