15/11/2021

O posicionamento ideológico de Moro está claro: É a terceira via de esquerda

O ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro anunciou publicamente a sua filiação ao Podemos com a intenção de concorrer à presidência da República em 2022. Mesmo sem a confirmação pessoal, o ato mira a disputa pelo Planalto – os próprios integrantes do partido reafirmam tal constatação aos quatro cantos.

Deu a lógica. O Podemos já protagonizou inúmeros rachas em votações no Congresso Nacional, mas se uniu de forma coesa em um único ponto: a defesa da Lava Jato. Se tem algo que se pode colocar como marca registrada do partido é o lavajatismo. Moro fez a escolha mais óbvia possível dentre as opções apresentadas na atual gama de agremiações partidárias.

Falem o que quiserem e o que bem entenderem sobre a figura de Sérgio Moro como juiz da Lava Jato. Ele não é mais um mero funcionário público – mesmo com poderes infinitamente maiores do que a grande maioria. Ele é político, com ideias mais ou menos claras a respeito dos nossos desafios como nação.

Ao analisarmos o que Moro pensa em palavras e atos, a conclusão inescapável é a de um candidato nada diferente dos demais, entregando as mesmas soluções oferecidas pelos membros da dita terceira via. Além disso, pelo fato de Moro não deixar nada a desejar em matéria de esquerdismo, ele nada mais é do que a terceira via da esquerda, atrás apenas de Lula e Ciro.

Moro defendeu o aborto em sua tese de doutorado, mais especificamente a decisão da Suprema Corte americana no caso Roe vs Wade. Para quem não sabe, o caso envolvia uma texana que desejava realizar um aborto ao alegar ter sido estuprada – algo que não aconteceu. A questão chegou até a Suprema Corte, que deu ganho de causa e reconheceu o ‘’direito’’ dela de abortar. Tal decisão criou a brecha para o aborto ser legalizado nos Estados Unidos, virando um símbolo para a causa macabra.

Quando era ministro da Justiça, Moro nomeou Ilona Szabo para o Conselho de Políticas Criminais. A sra. Ilona é uma esquerdista convicta, daquelas de fazer inveja a qualquer militante de DCE.  Como diabos o então ministro nomeia alguém com ideias totalmente opostas às do governo que ele fazia parte?

Ou é muito desconhecimento, ou é má intenção. Seja lá o que for, Moro provou que não é direitista coisa nenhuma. Nunca se viu uma defesa sua de qualquer pauta liberal ou conservadora. O contrário, sim.

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