30/11/2021

CPI do Consórcio Nordeste apresenta evidências de superfaturamento de até 1000% na compra de respiradores.

O deputado estadual Kelps Lima, presidente da CPI do Consórcio Nordeste, em curso na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, publicou um vídeo com trecho da fala de uma testemunha que afirma que os respiradores ‘comprados’ no auge da pandemia chegaram a custar até 10 vezes mais do que o valor do custo de produção. Um superfaturamento de 1000%.

No depoimento, colhido durante audiência pública, no dia 25 de novembro, o engenheiro e empresário Antônio Carlos Alvares Fasano disse que foi contratado para desenvolver um respirador pulmonar para a empresa Biogeoenergy.

Fasano afirmou que o valor acertado para o desenvolvimento do equipamento que seria comercializado com a Hempcare e, depois, revendido ao Consórcio Nordeste, ficou em R$ 500 mil, mas que já teria recebido R$ 2 milhões como adiantamento para compra de peças.

Seu trabalho incluía, além do desenvolvimento, a entrega de protótipos e a transferência total da tecnologia, com treinamento da equipe que cuidaria da produção em uma empresa sediada na cidade de Araraquara (cujo prefeito é o ex-ministro petista Edinho Silva), no interior de São Paulo.
O engenheiro esclareceu que o custo final de cada respirador foi de R$ 15 mil e que ficou surpreso quando soube depois, pelo noticiário, que seriam revendidos a R$ 150 mil reais.

“Os respiradores não existiam. Sendo desenvolvidos, eles custariam ao povo do Nordeste dez vezes mais do que o seu custo. O negócio foi feito para roubar o povo nordestino", afirmou Kelps Lima.

A partir desse testemunho os pontos da obscura trama começam a ser esclarecidos. O Consórcio Nordeste, administrado por seu secretário-executivo, o ex-ministro petista Carlos Gabas, e com a anuência dos governadores, pagou quase R$ 50 milhões antecipados pela compra de respiradores que não existiam e, que, após desenvolvidos e produzidos em uma fábrica de Araraquara-SP (do também petista Edinho Silva), seriam repassados a uma empresa atravessadora, a Hempcare, que se responsabilizaria, enfim, pela venda, mas com um sobrepreço estratosférico.

Um enredo de filme de gângsteres atuando nos bastidores mais altos do poder, com direito a lavagem de dinheiro, corrupção e formação de quadrilha. E, claro, uma farta distribuição dos ‘lucros’ em uma farra com o dinheiro público. Um escandaloso crime, pago com o suado imposto do povo brasileiro.  O retrato do Brasil pré-Bolsonaro. E é por isso que eles querem voltar ao poder, a qualquer custo!


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