O Brasil é cheio de situações inusitadas quando se trata de Presidência da República: são presidentes (dois) que morrem antes de tomar posse, é presidente que renuncia com plano frustrado de voltar nos braços do povo, são outros dois que sofrem impedimento em menos de 25 anos, é presidente que se suicida, é presidente derrubado por golpe militar, enfim, já tivemos de quase tudo, mas nunca tivemos o que temos agora: um presidente no cargo, mas fora do exercício precípuo da Presidência.
Tantas Jair Bolsonaro fez no primeiro ano de mandato que os Poderes da República cansaram e, na hora da crise dramática de saúde pública com repercussões seriíssimas na economia e na política, o deixam de lado e vão ao trabalho. Ainda bem.
Enquanto no mundo os chefes de Estado são os porta-vozes da dimensão da gravidade, aqui o mandatário minimiza, mantém o travo de desafio político e faz cenas canhestras. As movimentações, tomadas de providências e reuniões de autoridades federais para tratar do andamento da pandemia da Covid-19, ocorrem sem a presença do presidente, que em palco paralelo contraria a realidade (planetária, diga-se) numa demonstração de completo descaso em relação ao conjunto dos governados.
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